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Segundo pesquisa feita pela Federação Europeia de Ciclismo, o mercado de bicicleta, incluindo o cicloturismo, gera mais emprego na Europa do que os de siderurgia, minas e pedreiras. Pensando no potencial de crescimento desse mercado, Eliane Leite, diretora da Adventure Club, agência brasileira especializada em programa de cicloturismo, realizou uma famtrip em novembro pela região Alentejo, que fica ao sul de Portugal, para conhecer o mercado de lá.

“Foram quatro dias no destino, com percursos diários de bicicleta, que variavam de 8 km a 32 km. O viajante não precisa ser necessariamente um atleta para participar. Temos níveis de dificuldade e, caso não consiga continuar, você pode seguir viagem no nosso carro de apoio”, disse Eliane Leite ao DIÁRIO.

O carro de apoio disponibilizado pela Adventure Club providencia alimentação, internet, cozinha, espaço para guardar bicicletas e qualquer apoio que o ciclista possa precisar durante a pedalada.

Eliane Leite, diretora da Adventure Club

Sustentabilidade

“Durante o passeio, normalmente passamos pelo menos dois dias em cada cidade e, durante esse período, o único carro que acompanha o grupo  fica parado. Diferente de outros tipos de viagem, a bike não polui o meio ambiente e possibilita assimilar melhor o destino visitado”, explicou a diretora ao DT.

O mercado europeu como um todo tem investido bastante no segmento de turismo e em tornar a bicicleta um dos meios de transporte mais utilizados no continente. Em janeiro de 2015 havia aproximadamente 655 mil pessoas trabalhando na economia ciclística europeia, que inclui produção de bicicletas, turismo, varejo, infraestrutura e serviços, contra 615 mil pessoas nas áreas de mineração e pedreiras, e 350 mil no setor siderúrgico.

De fevereiro a novembro de 2015 a agência participou de 13 famtrips, dos mais de 20 convites vindos de órgãos de turismo e empresas parceiras.

“Esta é uma experiência de viagem que o cliente precisa assimilar primeiro. O Brasil ainda carece de infraestrutura, se comparado com países europeus, para que possamos criar um roteiro. O turista deve primeiro entender que essa é uma viagem muito rica cultural e gastronomicamente”, completou Eliane.

Fonte: Diário do Turismo

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