Você já ouviu falar em slow travel? O conceito que, traduzido para o português, significa “viagem lenta”, refere-se a um movimento turístico que vem ganhando cada vez mais força: o de viajar sem pressa.
Saiba mais sobre o slow travel: a tendência de viajar de forma desacelerada
1. De onde surgiu o termo slow travel?
Antes de falarmos sobre o slow travel, vamos falar sobre o slow food. Este movimento, criado por Carlo Petrini nos anos 80, inicialmente tinha como propósito a valorização das tradições gastronômicas locais e o prazer por meio da alimentação. Posteriormente, com mais visibilidade, também se tornou profundamente aliado à sustentabilidade e à qualidade de vida. Curiosamente ou não, foi a partir desse conceito que surgiu o slow fashion e, depois, o então slow travel.
2. E o que, de fato, é o slow travel?
O chamado slow travel é um estilo de viagem que não tem como foco a quantidade e sim a qualidade. Isso quer dizer que, dentro desse movimento, o turista não se importa se visitou três, cinco ou nove destinos; o que de fato é importante é o tempo que dedicou aos lugares em que esteve, às pessoas com quem conversou e às experiências que teve a oportunidade de vivenciar durante a viagem.
No slow travel, as viagens são feitas com calma. Há tempo para prestar atenção em cada detalhe, sentir o sabor dos alimentos, conversar com os moradores locais, apreciar as companhias, observar as manifestações culturais e aprender sobre a história do lugar. Dessa forma, o foco desse tipo de viagem é trazer a atenção ao aqui e ao agora.
3. Quais os benefícios do slow travel?
Você já deve ter dito ou escutado de alguém a seguinte frase: “preciso tirar férias das férias”. Isso porque, à parte das viagens slow travel, é comum que queiramos visitar todos os pontos turísticos do destino e, para isso, o tempo é muitas vezes corrido. Acordamos cedinho, curtimos o dia todo de passeio e esticamos a noite em algum bar ou restaurante.
Esse tipo de programação é uma delícia e nós super apoiamos, até porque grande parte das viagens “exigem” essa dinâmica. Mas é importante saber que existe a opção da viagem “lenta” para aqueles que preferem roteiros com menos “preciso-conhecer-tudo-e-agora” e mais “quero-conhecer-os-lugares-com-calma”.
Além de proporcionar uma experiência de presença, calma, descanso, tranquilidade e conexão com o destino, a slow travel pode:
- Ser uma viagem mais sustentável, com menos uso de transportes poluentes – os deslocamentos podem ser feitos com bicicletas ou até mesmo caminhadas;
- Gerar sensação de completude e bem-estar, já que promove bastante contato com a natureza;
- Gerar reflexões sobre diversas coisas que passam despercebidas no dia a dia, já que a atenção é voltada aos detalhes;
- Ensinar a lidar melhor com imprevistos ou incertezas, já que o roteiro fica em aberto;
- Ser relaxante e ajudar a combater o estresse e a ansiedade da rotina;
- Ajudar a entender certos padrões de pensamento e a lidar com eles;
- Ajudar a descobrir novos hobbies;
- Incentivar a uma relação menos intensa com a tecnologia.
4. Como organizar uma slow travel?
Para organizar uma slow travel, talvez o mais importante seja começar a reprogramar a mente no sentido de fazê-la compreender que a agitação, o barulho, a pressa, o agito e o apego ao digital devem ficar para trás. O momento será de se dedicar exclusivamente e profundamente às experiências com o mínimo possível de interferências externas.
Se esta for a sua primeira vez como um slow traveler, a dica é optar por um destino longe de grandes rotas turísticas, assim o ambiente naturalmente proporcionará momentos tranquilos e sem estresse. No entanto, com o tempo, também é super indicado fazer esse tipo de viagem em destinos movimentados (até mesmo em grandes metrópoles), porque você já vai ter compreendido o propósito da experiência e se sentir confortável em ter seu próprio ritmo mesmo que tudo em volta esteja acontecendo em tempo acelerado.
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Outra dica muito importante para você que quer organizar uma slow travel é estar aberto(a) a experiências não programadas que surgem no decorrer do caminho. Essas experiências, inclusive, são as que provavelmente trarão mais aprendizados, reflexões e conexão entre todos que dela compartilharem.
Outras dicas para fazer uma slow travel:
- Dê preferência por conhecer apenas uma ou duas atrações principais por dia, sempre reservando um tempo entre elas;
- Busque caminhar com calma pelos lugares e observe o que cada um deles tem de mais diferente e especial;
- Converse com as pessoas e escute suas histórias; são a partir delas que você irá tirar as maiores lições e inspirações durante a viagem;
- Pesquise diferentes atividades para fazer no local, como trabalhos voluntários, oficinas de arte ou aulas de dança;
- Escolha contribuir com pequenos estabelecimentos locais. Além de valorizar o trabalho muitas vezes artesanal, gera renda para os moradores.
Turismo de experiência: desacelere e aproveite a sua slow travel!
Em resumo, pode-se entender por slow travel viagens mais lentas (e isso independe da quantidade de dias da viagem), aprofundadas e que geram maior conexão com o lugar, com as pessoas locais e outros viajantes, com você mesmo(a) e com cada experiência vivida. Gostou de saber sobre esse movimento?