Após alguns dos piores casos de incêndios já registrados na Bahia, a Chapada Diamantina começou a receber chuvas no final de novembro, estabilizando a situação. No entanto, a destruição causada pelo fogo deve trazer estragos que durarão mais de uma década, até que a vegetação local consiga se recuperar. Apesar do dano irreparável à fauna e à flora local, os principais atrativos turísticos da Chapada Diamantina não foram afetados.
Causas e consequências das queimadas na Chapada Diamantina
As queimadas começaram em setembro, quando um primeiro grande incêndio destruiu cerca de 9 mil hectares (o equivalente a, aproximadamente, 9 mil campos de futebol). Foi necessária uma semana para que os bombeiros conseguissem apagar as chamas. Em novembro, novos incêndios atingiram a região do Parque Nacional e só foram controlados com o começo das chuvas. Atualmente, as equipes de bombeiros e da Defesa Civil continuam monitorando a região.
A maior parte desses incêndios foi provocada por pessoas que queimam áreas em propriedades fora do parque, mas acabam perdendo o controle do fogo. Entre as principais consequências do desastre, vale destacar o risco às espécies que habitam a região e à qualidade da água, que abastece diversos locais da Bahia.
Atrações turísticas da Chapada Diamantina
Por causa das grandes dimensões do Parque Nacional da Chapada Diamantina, que tem cerca de 152 mil hectares, os atrativos turísticos não foram afetados pelo fogo. Apenas um dos trekkings, que parte de Lençóis rumo a Águas Claras, tem sido evitado pelos guias. Os demais roteiros, que partem de diversos municípios do entorno do Parque Nacional operam normalmente.
O roteiro pelo Vale do Pati, considerado um dos melhores trekkings do mundo, continua sendo oferecido aos turistas sem alterações. Localizada entre os municípios de Andaraí e Mucugê, a trilha é repleta de paisagens de tirar o fôlego e parte do Vale do Capão rumo à região de Andaraí.
Pelo caminho, é possível avistar jardins naturais de vegetação rupestre e conhecer alguns dos maiores tesouros naturais brasileiros, como os Gerais do Vieira e Rio Preto, Mirante da Igrejinha, Ladeira do Império, Morro do Castelo e os 150 metros de desnível do Cachoeirão.