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A Etiópia é um dos locais com registros da presença humana mais antigos já descobertos, a porta de entrada do cristianismo na África e a segunda nação mais populosa do continente. 

Além de seu patrimônio histórico, a Etiópia é conhecida por sua imensa diversidade cultural. Para se ter uma ideia, são mais de 80 grupos étnicos, cada um com suas próprias tradições, costumes e idiomas, vivendo no país.

Tribo no Omo Valley, Etiópia

Etiópia: principais características e atrativos

Com sua rica herança histórica e cultural, a Etiópia é lar de antigas construções que representam apenas uma amostra das inúmeras maravilhas que o país oferece. Seus sítios históricos são repletos de tesouros que datam de milênios, refletindo o importante papel da Etiópia no desenvolvimento de civilizações antigas.

Espalhados por quase todo o território, os mosteiros, os templos e as igrejas – muitos deles esculpidos diretamente nas rochas ou escondidos em cavernas – são testemunhos da profunda espiritualidade do povo etíope. Esses monumentos religiosos não apenas têm grande significado histórico, mas também continuam a ser centros de adoração e cultura para as comunidades locais, com destaque para as igrejas de Lalibela, consideradas Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

Igreja de Lalibela, na Etiópia

Do ponto de vista geográfico, a Etiópia é um país de paisagens surpreendentemente variadas. Sua topografia abrange desde as altas montanhas do Rift Valley, um cenário formado por vulcões e lagos, até as planícies áridas do deserto de Danakil, uma das regiões mais quentes e inóspitas do mundo.

4 curiosidades da Etiópia para você conhecer melhor o país

1. Calendário etíope

A Etiópia adota um calendário único, que difere do calendário ocidental em diversos aspectos. Além de ter 13 meses (12 meses de 30 dias e um mês de 5 ou 6 dias, dependendo se o ano é bissexto), o calendário etíope está aproximadamente sete anos e oito meses atrás do calendário gregoriano. 

Essa diferença se deve ao fato de que a Igreja Ortodoxa Etíope utiliza um sistema de cálculo diferente para determinar o nascimento de Jesus Cristo. Enquanto a Igreja Católica revisou seu calendário no ano 500 d.C., a Igreja Etíope manteve o sistema antigo. Como resultado, o Ano Novo ocorre tradicionalmente no dia 11 de setembro ou 12 de setembro nos anos bissextos, quando o calendário etíope adiciona um dia extra.

2. O único país africano não colonizado

A Etiópia é reconhecida como o único país africano que nunca foi colonizado, um símbolo de resistência e independência no continente. 

Sua vitória histórica na Batalha de Adwa, em 1896, contra as forças italianas, garantiu sua soberania e a consolidou como um símbolo de resistência contra o imperialismo europeu. Essa vitória impediu que a Etiópia fosse colonizada pelos italianos, ao contrário de muitas outras nações africanas que já estavam sob controle europeu.

Etiópia, um país com muita história e rica cultura

Apesar dessa vitória, a Etiópia foi invadida novamente pelos italianos em 1935, durante o regime fascista de Benito Mussolini. No ano seguinte, em 1936, as tropas italianas conseguiram conquistar a Etiópia e a incorporaram ao Império Colonial Italiano, criando a África Oriental Italiana (que incluía também a Somália e a Eritreia). Esse foi o início de uma ocupação que durou de 1936 a 1941.

Durante a Segunda Guerra Mundial, com o apoio das forças britânicas e a resistência etíope, os italianos foram expulsos. Em 1941, após a derrota italiana na África Oriental e a queda do regime fascista, a Etiópia foi libertada. Os britânicos ajudaram a restaurar o imperador Haile Selassie ao poder, e a Etiópia retomou sua independência.

3. Rainha de Sabá

A Rainha de Sabá é uma figura histórica e lendária mencionada em diversas tradições religiosas e culturais, com destaque nas Escrituras Judaicas, Cristãs e Muçulmanas. Sua visita ao Rei Salomão, descrita detalhadamente na Bíblia, também é referida no Alcorão e em textos etíopes antigos, como o “Kebra Nagast”.

Ela é retratada como uma monarca poderosa do antigo Reino de Sabá, uma civilização próspera e influente, cuja localização é tradicionalmente associada à região que abrange a Etiópia. Sabá era famosa por seu comércio de incenso, ouro, especiarias e outros produtos preciosos, sendo também associada à sabedoria, à riqueza e à cultura refinada. 

O encontro com o Rei Salomão, que acontecia provavelmente no século X a.C., é um dos episódios mais emblemáticos dessa história. A visita da Rainha ao rei hebreu foi marcada pela troca de conhecimentos, presentes e sabedoria, simbolizando uma união diplomática e cultural entre duas grandes potências da época. 

Sugestão de roteiro: Nas pegadas da Rainha de Sabá: mitos da Etiópia – Expedição Exclusiva Adventure Club

Na tradição etíope, essa história ganha uma dimensão mítica: afirma-se que a Rainha de Sabá e o Rei Salomão tiveram um filho chamado Menelik I, considerado o primeiro imperador da dinastia salomônica etíope, que governaria o país por mais de 2.000 anos, até a deposição do imperador Haile Selassie em 1974. Essa dinastia está intimamente ligada à ideia de continuidade e legitimidade, sendo símbolo de um império que, segundo a crença, descendia diretamente da linhagem de Salomão e da Rainha de Sabá.

A história é narrada no “Kebra Nagast”, um texto sagrado etíope que conta como a dinastia salomônica teve início com Menelik I. Segundo a tradição, Menelik I trouxe a Arca da Aliança – um símbolo sagrado do pacto entre Deus e os israelitas – para a Etiópia. Acredita-se que essa Arca esteja guardada até hoje na cidade de Axum.

Embora a Rainha de Sabá seja uma figura envolta em mistério e diferentes tradições, seu legado continua a influenciar fortemente a identidade cultural e histórica da Etiópia, sendo vista como uma figura de sabedoria, poder e conexão espiritual entre povos antigos.

4. O famoso café etíope

A Etiópia é considerada a terra de origem do café, e o café etíope é reconhecido como um dos melhores do mundo.

Segundo a lenda, a planta do café foi descoberta nas montanhas da Etiópia, por volta do século IX, por um pastor chamado Kaldi, que notou o efeito energizante dos frutos vermelhos de uma planta que seus cabritos haviam consumido. Desde então, o café se tornou uma parte essencial da cultura etíope, com ritual tradicional de preparo e consumo, conhecido como cerimônia do café.

Café etíope

A Etiópia é famosa por sua vasta diversidade de grãos, que variam conforme as regiões de cultivo, cada uma com características distintas – desde notas florais e frutadas até sabores mais terrosos e encorpados. O café etíope não é apenas uma bebida, mas um símbolo cultural que reúne as pessoas em torno de uma tradição que celebra a comunidade, a hospitalidade e a convivência.

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