Desde 1991, o Parque Nacional da Serra da Capivara é tombado pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade. Em 100.000 hectares de área, são encontrados 545 sítios arqueológicos escavados por pesquisadores e antropólogos de todo mundo.
Dividido entre cânions, cavernas, chapadas e um vegetação verde que insiste em nascer mesmo na caatinga, a Serra da Capivara entrega particularidades de tirar o fôlego.
Pinturas de 12 mil anos
A primeira particularidade do Parque diz respeito aos primeiros vestígios do Homem americano, que datam de cerca de 12 mil anos. O mais impressionante é que a maior parte dessas imagens fica localizada em paredões íngremes e expostas a temperaturas que chegam a 45ºC.Além disso, o volume de pinturas também impressiona. Até agora, já foram encontradas mais de 30 mil em toda a extensão. É como se pudéssemos ver diante de nossos olhos o surgimento da vida nas Américas.
O mais importante sítio arqueológico de todo o continente
Boqueirão da Pedra Furada é o nome do sítio arqueológico com mais de mil pinturas, datadas em 11.500 mil anos e que guardam registros da fauna da época e do modo como os primeiros homens se relacionavam.
É também nesse sítio que foram encontrados alguns vestígios de carvão com mais de 50 mil anos de idade. Uma prova de que as fogueiras eram mesmo utilizadas e que as pedras lascadas as ferramentas utilizadas para conseguir o fogo.
A interpretação das imagens rupestres
Identificar uma pintura rupestre é mais fácil do que decifrá-la, por isso, é comum que não haja consenso entre os pesquisadores. Isso porque muitos acreditam que essas pinturas são uma língua avançada de comunicação, já outros afirmam que são a representação de cultos religiosos ou rituais de cada tribo.
No Parque, as figuras representam as plantas e animais que vivam na região há milhares de anos, assim como a caça, o sexo, rituais religiosos e o aparecimento dos primeiros homens efetivamente nascidos no continente.
As pinturas são encontradas em locais de difícil acesso, fazendo necessário que todos os aventureiros estejam acompanhados de guias. Muitas vezes a passagem é estreita e os paredões contemplados a centímetros de distância, o que torna a experiência ainda mais interessante. O que se sabe até hoje é que, apesar dos esforços e da equipe composta pelos mais experientes antropólogos do mundo, há ainda muito mistério envolvendo cada uma das imagens ali estampadas.
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