Texto escrito por Estela Rodrigues, consultora de viagens da Adventure Club
Cuba tem origem de uma palavra indígena dos Kubanacans, um povo que viveu no país antes de ser exterminado pelos espanhóis.
Ao desembarcar em Havana, conseguimos sentir na pele o calor e a potência deste local recheado de história e representatividade de luta.
Prepare-se para voltar no tempo e conhecer uma realidade viva e muito bem contada por quem lá vive.
Primeira parte da viagem: Havana
Do aeroporto até o centro velho de Havana, já conseguimos entrar em um filme, com olhos atentos, e então ver vários cenários, centro histórico, periferia, alguns hotéis, mercados locais, faculdades e hospitais. E uma movimentação principalmente de locais seguindo a sua rotina.
Viajar tem essa magia! A capacidade de se sentir um local e sentir a realidade do outro faz toda a diferença do começo ao fim da viagem.
A melhor forma de conhecer Havana Velha é a pé… prepare roupas leves e proteção solar.
Andar por Havana velha é de fato nostálgico, você se sente parte de um filme. O povo cubano é a peça principal de todo o cenário. Sempre sorridentes, dispostos, prestativos, o que te convida facilmente para sentar em um café e assistir a tudo de uma forma graciosa e tranquila.
A realidade econômica em Cuba é dura. Ao mesmo tempo em que é possível ver prédios antigos lindos, ao lado tem outros muitos em ruínas.
Uma rua abaixo da praça dos anjos, em Havana Velha, conseguimos com facilidade comer uma massa, pizza, brusqueta, petiscar algo local e claro experimentar drinks locais que só são bem feitos em Havana.
E falando em drinks, uma das nossas indicações é ir ao Museu do Rum, que apresenta todo o processo de produção, como está o mercado do rum hoje e, no final, a merecida degustação.
O rum mais comercializado para diversas finalidades é o Havana Club. Para mojito, Rum 3 anos, base de 10 dólares ou 90 reais no Brasil. Para degustação, Rum 7 anos, 22 dólares ou um pouco mais de 100 reais no Brasil, e o Maestro, um dos melhores também para degustação, que está na faixa de 60 dólares ou 400 reais no Brasil.
A primeira sugestão de almoço é no Mojito-Mojito, um restaurante turístico que oferece porco, frango e peixe, além do famoso Mojito que pode ser sem álcool, com álcool ou com reforço de rum. Durante o almoço, músicos locais se apresentam, com famosas músicas do Buena Vista Social Club e Célia Cruz.
Ainda no centro de Havana Velha, se encontra o Ciclo Papel, um lindo projeto ecológico de reciclagem que transforma vidas, gera novas possibilidades de renda e, claro, contribui positivamente com o meio ambiente.
Dentre muitas formas de sentir Havana na pele é pegar um Tuk Tuk. Este é o momento em que sentimos Havana.
A cidade tem poucos semáforos e faixas para pedestres, o que torna essa experiência ainda mais eletrizante. De toda forma, o que predomina é a consciência e o cuidado.
Seguindo essa energia de autenticidade, a indicação para viver uma noite cubana é ir à Fábrica da Música, que fica a cerca de 10 minutos de carro de Havana Velha. Casa da Música é um casarão antigo com vários ambientes. Paga-se uma entrada de aproximadamente 1 dólar. Público jovem! A Casa abre por volta das 21h e fica aberta até a 1 da manhã.
Confira os nossos roteiros para Cuba
Saindo de Havana Velha, conhecemos Havana Moderna, que é muito similar ao Jardim Europa, só que dos anos 60. Casas maiores, com estrutura, jardins, ruas largas e tudo bem arborizado.
Em Havana Moderna, a nossa indicação é o passeio de bicicleta elétrica. Uma atividade fantástica! Viva e livre. Ao terminar a atividade, o corpo pede mais e mais! E, claro, a mente já planeja uma próxima viagem de bike.
Para almoçar, a indicação é o restaurante Grados. Menu de três tempos com uma comida saborosa, sensível e que transmite carinho o tempo todo.
O passeio em carro clássico conversível não pode faltar. Alguns com música, outros não, depende do motorista e do seu humor.
Visita rápida à área externa do Hotel Nacional, onde foram gravados alguns filmes como Dirty Dancing 2- Noites em Havana e o Poderoso Chefão.
Este hotel foi construído em 1930 e é conhecido mundialmente por ter sido hotel para mafiosos. Não é interessante para hospedagem, principalmente para brasileiros. O hotel não tem manutenção e mantém essa cara de 1930. O ambiente também não é receptivo se você for uma pessoa normal (risos).
Depois desta visita, seguimos para o Hotel Malecón 663, boutique também, e bem jovem! Lá tivemos a experiência de degustação de tabaco, café, rum e chocolate. Café cubano foi um dos melhores que já experimentei na vida!
Não necessita de coragem para essa experiência, não! Somente o coração aberto para a arte do tabaco.
O Charuto mais conhecido é o Cohiba, custo local de 7 dólares e no Brasil R$ 1300,00 reais a unidade.
Para o jantar, a nossa indicação é a Mansión Castillo, menu de sete tempos. O restaurante fica em um casarão antigo com arte espalhada por todo ambiente. O dono é pintor e segue uma linha austral muito profunda. Gastronomia impecável! Vinhos argentinos e espanhóis, atendimento atencioso e o ambiente nostálgico.
Segunda parte da viagem: Cienfuegos
Andar em Cienfuegos é um exercício de respiração e olhar atento! Vai ser repetitivo, mas é como funciona. Essa cidade te leva para os anos 60, 70, com o povo local sentado na calçada, restaurantes e cafés com pouco movimento.
Dois pontos chave aqui; Teatro Terry de 1880, impecável! Piso de madeira que faz barulho ao andar, cadeiras de madeira, bilheteria da época, cartazes antigos… E outro ponto é a arte de pinturas em papel de jornal. Incrível e profunda!
Terceira parte da viagem: Trinidad
Saindo de Cienfuegos fomos conhecer Trinidad.
É muito parecida com a nossa “Trinidade” e Paraty! Muito mesmo. Chão de pedras de rio, muitos restaurantes e bares com música local. A cidade foi fundada em 1514! Com igrejas e casas da época ainda por lá, com um ou outro restauro.
Para quem gosta de artesanato, é aqui o lugar para compras.
Hospedagem no Mystique Trinidad, conhecido como La Popa. O hotel fica no topo de uma colina, com uma subida com dificuldade leve. Se for lentamente, é tranquilo, se tiver pressa, a subida já se torna moderada. Não é indicado para pessoas com mobilidade reduzida ou idosos que não caminham.
Para a noite, com a diversidade de restaurantes e bares, não tem como ficar sem opção. Existem muitos restaurantes que oferecem massa, petiscos ou pratos com carne ou peixe.
Durante a noite, a cidade é muito viva, cheia de energia! E a indicação para escutar músicos locais é conhecer a Casa da Música que fica em uma escadaria no centrinho.
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Quarta parte da viagem: Cayo Santa Maria
Pisar em Cayo Santa Maria é ativar o modo descanso.
O ritmo frenético e todas as informações absorvidas nas grandes e pequenas cidades vão aos poucos perdendo a sua intensidade para que você possa observar a flora nativa, caminhar tranquilamente na areia fininha e então mergulhar nesse mar que não tem adjetivo suficiente para descrever.
Este é o momento de sentir, se ouvir, entender tudo o que aconteceu durante toda a viagem, e fica difícil não pensar em querer voltar!
E você? Tem vontade de conhecer Cuba?
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Muito legal!
Uma viagem diferente da minha. Fiz Havana, Varadero e cayo Largo. S uas belíssimas fotos ilustram sobremaneira a beleza do Caribe cubano.. parabéns pela reportagem, gostei muito!
Que legal, Marilia! Cuba é um país fascinante, né?
Obrigada por compartilhar sua experiência aqui. Ficamos felizes que tenha gostado do Diário de Bordo da Estela!