História da Estrada Real
A Estrada Real é a maior rota turística do país. São mais de 1.630 quilômetros de extensão, passando por Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Hoje, ela resgata as tradições do percurso valorizando a identidade e as belezas da região.
A sua história surge em meados do século 18, quando a Coroa Portuguesa decidiu oficializar os caminhos para o trânsito de ouro e diamantes de Minas Gerais até os portos do Rio de Janeiro. As trilhas que foram delegadas pela realeza ganharam o nome de Estrada Real.
Caminhos da Estrada Real
Histórias e memórias permeiam cada canto da Estrada Real. Mas, além de sua rica bagagem cultural, os caminhos dessa estrada abrigam alguns dos cenários mais belos do Brasil, entre eles a Serra do Espinhaço, a Serra da Piedade e a Serra dos Órgãos.
Há quatro formas de explorar a região:
- Caminho Velho
Também chamado de Caminho do Ouro, foi o primeiro trajeto a ser criado pela coroa portuguesa e liga Ouro Preto a Paraty.
Algumas das cidades e distritos que fazem parte do Caminho Velho: Aiuruoca, Baependi, Bananal, Cachoeira Paulista, Carrancas, Caxambu, Delfim Moreira, Itamonte, Lambari, Lavras, Ouro Preto, Paraty, Queluz, São Luiz do Paraitinga, Tiradentes e Três Corações.
- Caminho Novo
Criado para servir como um trajeto mais seguro ao porto do Rio de Janeiro, principalmente porque as cargas estavam sujeitas a ataques piratas na rota marítima entre Paraty e Rio.
Algumas das cidades e distritos que fazem parte do Caminho Novo: Antônio Carlos, Barbacena, Conceição de Ibitipoca, Inconfidência, Itatiaia, Juiz de Fora, Lima Duarte, Ouro Preto, Petrópolis, Rio de Janeiro e Santa Rita de Ibitipoca.
- Caminho Sabarabuçu
Distrito de Ouro Preto, o lugar é cercado por esplêndidas paisagens de montanha e lendas que permeiam o imaginário popular.
Algumas das cidades e distritos que fazem parte do Caminho Sabarabuçu: Brumadinho, Caeté, Cocais, Morro Vermelho, Nova Lima, Ouro Preto e Sabará.
- Caminho dos Diamantes
Criado para conectar a sede da Capitania, Ouro Preto, à principal cidade de exploração de diamantes, Diamantina.
Algumas das cidades e distritos que fazem parte do Caminho dos Diamantes: Alvinópolis, Conceição do Mato Dentro, Diamantina, Ipoema, Mariana, Milho Verde, Ouro Preto, Santa Bárbara, Santana do Riacho e Serra do Cipó.
Quer percorrer o Caminho dos Diamantes? A Adventure Club te leva!
O Caminho dos Diamantes segue ao longo da Serra do Espinhaço, considerada reserva da biosfera pela Unesco desde 2005. Ou seja, além da sua grande bagagem histórica e cultural, o Caminho dos Diamantes é repleto de belezas naturais.
Passaporte Estrada Real
Antes de iniciar o percurso, todo turista recebe um Passaporte emitido pelo Instituto Estrada Real. Para solicitá-lo, é necessário preencher um cadastro prévio pelo site.
O passaporte permite que o turista acompanhe e registre todas as suas experiências ao longo do caminho escolhido. Há diversos “pontos de carimbo” espalhados pelas cidades.
Ao final do trajeto, com o passaporte carimbado, o turista pode solicitar um Certificado Digital de Viajante da Estrada Real, desde que tenha o número mínimo de carimbos exigido pelo caminho:
- Caminho Velho: 14 carimbos
- Caminho Novo: 8 carimbos
- Caminho do Sabarabuçu: 04 carimbos
- Caminho dos Diamantes: 10 carimbos
Para receber o Certificado Digital, é preciso enviar um e-mail para [email protected], com imagens da página inicial do passaporte e páginas com carimbos.
Fonte: www.institutoestradareal.com.br
Os marcos da Estrada Real: guie-se por eles!
Ao longo do 4 caminhos, estão espalhados os marcos da Estrada Real.
Se você acha que eles estão ali de forma decorativa, está enganado! Com o objetivo de orientar os viajantes, eles estão presentes onde há pontos de bifurcação ou em locais que geram dúvidas sobre a continuação da trilha.
Para que você não se confunda na sua expedição, há algumas dicas para serem seguidas. Confira:
1. A ponta superior do marco não indica para onde você deve ir. Siga o caminho em que o marco está. No caso de uma bifurcação, se o marco estiver à esquerda da via, é para seguir à esquerda.
2. Em todos os marcos há o traçado da Estrada Real e a indicação “Você está aqui”, mostrando a localização geográfica do lugar.
3. A placa triangular instalada abaixo do marco contém informações históricas sobre o local, coordenadas geográficas (latitude e longitude), cidades próximas e a numeração no final – que pode ser encontrada nas planilhas de navegação.
4. Na sua viagem, estranhe se você andar mais de 2 km sem ver um marco, principalmente em trechos com muitas bifurcações. Adote essa informação como referência para saber se você está no caminho certo da Estrada Real.
5. Alguns marcos podem estar encobertos pela vegetação. Fique atento às planilhas de navegação!
Ficou com vontade de conhecer a Estrada Real?
Confira o nosso roteiro para a Estrada Real: Caminho dos Diamantes. Junto com o nosso parceiro local, montamos uma programação completa: trilhas, mirantes, cachoeiras, cidades históricas, vilarejos e igrejas, além da famosa gastronomia e hospitalidade mineira!
Uma das viagens mais ricas culturalmente e de paisagens pelo Brasil que já fiz.
Que bacana sua experiência, Eliane! Somos suspeitos em falar, mas todo mundo deve visitar a Estrada Real ao menos uma vez, não é? Esse roteiro é realmente incrível!