Você chega, para e respira profundamente. Poderia ficar ali horas, apenas observando. E se questionando. De onde vem essa força bruta da natureza capaz de criar uma fenda enorme na gigantesca formação rochosa do cânion Itaimbezinho, no Parque Nacional Aparados da Serra?
Não bastasse a precisão do “recorte”, a paisagem ainda é pintada com o verde da vegetação, o branco esfumado das cascatas das Andorinhas e do Véu de Noiva e, no fundo, o azul do Rio do Boi, que mais parece uma serpente preguiçosa rastejando aos pés da rocha. Não há artifícios, não há interferência humana. E talvez seja justamente por isso que a impressão, avassaladora num primeiro momento, transmita tanta paz.
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