Desde que passou a valer, em 1º de janeiro de 2016, a nova tributação de viagens com destinos internacionais tem gerado muitas dúvidas e causado revolta entre os turistas. Vale destacar, antes de qualquer coisa, que este não é um imposto novo: o tributo já existia, mas não era cobrado pelo governo como forma de estimular o setor turístico.
Com o anúncio da suspensão desta isenção, muitos turistas entenderam que a tributação de 25% passaria a ser aplicada sobre todos os gastos de uma viagem para fora do país. Na verdade, este imposto é apenas para remessas bancárias para compras de serviço turístico prestado por empresas no exterior, e não afeta os gastos em dinheiro ou cartão de crédito.
Uma vez que um turista raramente executa este tipo de operação, esta tributação de 25% afeta principalmente as operadoras e agências de viagem — que costumam pagar alguns de seus fornecedores dessa maneira. Com isso, o imposto afetará principalmente os pacotes de viagem para o exterior compostos por aéreo, hospedagem e passeios, que sejam operados por agências brasileiras e parcelados ao consumidor.
Para o consumidor final, esses pacotes podem ficar até 33% mais caros. Este cenário, entretanto, ainda pode ser minimizado, uma vez que as agências brasileiras estão negociando com o governo para que esta porcentagem seja recalculada e a tributação seja menor do que 25%.