Qual seria a sua reação se em determinado momento lhe dissessem que durante os próximos dias você não teria acesso a nenhum aparelho eletrônico? Tudo seria confiscado: seu celular, seu notebook, seu tablet ou qualquer outro dispositivo similar.
Você enviaria uma mensagem nos grupos de amigos e familiares? Se certificaria de checar o máximo possível suas redes sociais? Assistiria a mais um episódio da sua série preferida? Ou nenhuma das alternativas anteriores: você lidaria de forma tranquila e natural diante dessa situação?
Não podemos afirmar, mas arriscamos dizer que a maioria das pessoas responderia “sim” às primeiras perguntas. Em diferentes níveis, quase todos nós somos dependentes da tecnologia e das comodidades que ela nos proporciona.
É graças à conexão que mantemos contato com pessoas distantes, acompanhamos as notícias em tempo real, temos acesso a uma infinidade de opções de entretenimento e até podemos visitar museus e outras atrações culturais diretamente do sofá das nossas casas. Nesses últimos meses, isso ficou ainda mais evidente.
No entanto, se por um lado a tecnologia nos conecta e nos favorece em tantos aspectos, do outro nos vicia e nos traz inúmeros prejuízos. A luz azul à qual ficamos em contato durante tantas horas dos nossos dias influencia diretamente nosso bem-estar físico, mental e emocional.
É por isso que, para que o cérebro e o organismo se preparem adequadamente para o sono, deve-se evitar contato com telas pelo menos duas horas antes de dormir. Se ligamos a televisão ou ficamos mexendo no celular ao nos deitarmos, enviamos ao nosso organismo a mensagem de que ele deve permanecer em alerta, acordado e disposto.
Para as crianças, essa prática parece ser ainda mais danosa. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, em um Manual de Orientação nomeado #Menos Telas #Mais Saúde, o brilho das telas contribui para a prevalência cada vez maior da dificuldade de dormir e manter uma boa qualidade de sono, com aumento de pesadelos e terrores noturnos.
A faixa de onda de luz azul presente na maioria das telas contribui ainda para falhas de memória, diminuição do rendimento escolar e associação com sintomas de déficit de atenção e hiperatividade.
A importância de se desconectar para se conectar
Segundo especialistas, a exposição e o contato com a luz verde, que vem da natureza, nos traz inúmeros resultados positivos, ao contrário da luz azul. Entre os benefícios, estão o alívio de sintomas de ansiedade e depressão e maior concentração e memorização.
Dessa forma, o que propomos com este conteúdo não é uma mudança drástica, um bloqueio total aos aparelhos. Até porque o trabalho, os estudos e, de alguma forma, o lazer encontram-se nas telas. Mas levantamos um ponto a ser pensado e discutido: como podemos usar os dispositivos eletrônicos de forma inteligente?
É preciso definir em qual parte do dia realmente não é possível estar distante da tecnologia e em qual parte ficamos conectados por livre e espontânea vontade. Vamos fazer um teste? Pense no seu dia a dia, incluindo os finais de semana.
Qual tem sido a proporção de tempo disposto para as atividades aliadas à tecnologia e para as atividades em que você se desconecta totalmente? Preparar uma refeição saborosa, dedicar o seu tempo a quem você ama e contemplar uma paisagem agradável são coisas simples, mas que muitas pessoas sentem dificuldade em fazer sem checar vez ou outra as notificações do celular.
Uma boa dica para fazer essa avaliação, considerando apenas o uso do celular e não de todos os demais aparelhos, é usar ferramentas do próprio sistema operacional ou aplicativos específicos que informem o tempo que você dedicou ao dispositivo. O Instagram e o Facebook, por exemplo, têm uma aba chamada “Minha Atividade” que marca o tempo médio diário do usuário naquele aplicativo.
Queremos saber: como está a sua balança? Seu olhar está mais focado nas telas ou está aberto para as experiências offline? Fica aqui o nosso convite para que você se desligue das redes sociais, do seu livro eletrônico e da sua série favorita durante alguns dias – ou, pelo menos, durante algumas horas do seu dia.
Viagens que conectam, experiências que transformam
Embora não seja possível visitar novos lugares no momento, ainda podemos viajar por meio das memórias, fotografias, lembranças e histórias compartilhadas. Também podemos viajar através da imaginação e dos novos planos.
Assim que puder, qual será o primeiro lugar para o qual você irá? Quais são as experiências e conexões que você deseja viver por lá? Continue movimentando os seus sonhos e conte com a Adventure Club para realizá-los!