Há milhares de anos, elefantes vêm sendo mantidos em cativeiros e explorados pelos seres humanos para trabalhar em atividades florestais, instituições religiosas, turismo, circos e zoológicos, sujeitos a isolamento, abuso, fome e tortura.
Estudos sobre os aspectos biológicos dos elefantes na natureza e em cativeiro mostram a forma que eles se desenvolvem diferentemente nos dois ambientes. Enquanto na natureza o bem-estar do animal está alinhado com suas diferentes liberdades, em cativeiro, essas liberdades são fortemente veladas. Quando presos, os elefantes desenvolvem enfermidades físicas e mentais que, frequentemente, os levam a comportamentos repetitivos, como sacudir e balançar a cabeça compassadamente, e até a morte prematura.
O Brasil está perto de proibir o uso de animais em espetáculos, à espera de uma alternativa que garanta aos elefantes deslocados um futuro seguro e saudável. Como, então, atender da melhor forma as necessidades desses animais?
Para gerenciar um santuário, local de refúgio e conforto, é preciso muito conhecimento da vida natural dos elefantes, de suas estruturas sociais, da dieta adequada, dos métodos de comunicação e dos seus comportamentos. Também a compreensão do que eles enfrentaram em cativeiro, como a punição física e a falta de experiência social – o isolamento e o confinamento extremos –, e a psicologia da cura.
Cada animal deve ser visto individualmente; alguns podem se recuperar rapidamente, outros podem ter lembranças de sofrimentos que poderão assombrá-los para o resto de suas vidas. Todos os aspectos da natureza dos elefantes e o impacto que o cativeiro teve em cada um deles são levados em consideração na escolha das terras, na construção das cercas, no projeto das instalações e, principalmente, nos cuidados quando se está lidando com cada um.
Conheça o Santuário de Elefantes Brasil | Chapada dos Guimarães – MT
O Santuário de Elefantes Brasil, primeiro santuário de elefantes na América Latina, é uma organização sem fins lucrativos que resgata elefantes cativos em situação de risco e oferece a eles o espaço, as condições e os cuidados necessários para que possam se recuperar física e emocionalmente dos anos passados em cativeiro. Dentro de suas atividades estão o resgate e a reabilitação de elefantes, a busca pela preservação das espécies, a defesa, preservação e conservação do meio ambiente, promoção do desenvolvimento sustentável, educação ambiental, voluntariado, estudos e pesquisas técnicas e científicas e projetos culturais.
Para que seja possível a operacionalização deste projeto pioneiro em nosso continente, é necessária a colaboração de todos que possam e desejam ajudar, através de doação financeira ou de equipamentos e materiais de construção, de solda, veículos e aço para as construções. Então, se você deseja contribuir com essa linda causa, clique aqui para saber mais e fazer uma doação.
Além, é claro, de divulgar para o máximo de pessoas que puder!