Serra do Cipó… Você sabe onde é? Já foi convidado(a) para ir? Já convidou alguém para ir? Ou, melhor, já pensou em ir?
Sim, Serra do Cipó é um de nossos parques nacionais, no interior de Minas Gerais, na Serra do Espinhaço, com mais de 33 hectares, criado em 1984.
Pois bem, não vou ficar aqui escrevendo sobre dados técnicos ou quais cidades abrangem o parque, mas sim sobre minha opinião e o porquê você também deve conhecer a Serra do Cipó.
Vamos lá, como sabem, tenho duas meninas; uma de 8 e outra de 13 anos, e quero a todo tempo introduzi-las em destinos e viagens de natureza. Fico organizando o que podemos fazer em finais de semana e feriados para sairmos um pouco de nosso dia a dia e rotina de cidade grande. Eu amo São Paulo e amo morar no vuco-vuco, mas quero sim ter essa mescla.
Então, no final do ano passado, programei alguns destinos com os quais já trabalhamos há muitos anos e eu pessoalmente ainda não fui conhecer, como Jalapão, Serra do Cipó, Serra da Capivara, entre alguns outros até mais próximos de São Paulo.
Em Janeiro, fomos para o Jalapão e mais uma vez me surpreendi com o que vi e o que vivemos por alguns dias lá e, melhor, entre amigos. Sabe aquela viagem leve, que você não precisa de muito para curtir e explorar o destino de forma positiva? Isso mesmo que eu queria. Ótimo, destino ticado!
Carnaval, a programação era ir de carro de São Paulo para a Serra do Cipó. Por que isso? Pensei em quanto tempo levaríamos e como seria com as duas no carro, pois quero fazer outros destinos de carro também, como Ibitipoca, que está na listinha.
Então partimos às 6h do sábado dia 22 de fevereiro com destino à Serra do Cipó, 678km, e levamos um pouco mais de 8 horas. Confesso que foi uma viagem tranquila e sem trânsito, masssss você pode fazer a viagem de forma mais tranquila ainda com voo até Belo Horizonte, e de lá ir até Santana do Riacho, a cidadezinha em que nos hospedamos. Você levará cerca de 1h20 de carro, 77km, e organizamos tudo para você.
Mas respondendo à questão de “Por que SIM Serra do Cipó?” eu posso dizer que mais uma vez me surpreendi, pensei que chegaria numa rua única sem nada para curtir… Pelo contrário, recebi logo uma listinha de pelo menos cinco restaurantes para provar durante as noites, ou seja, gastronomia mineira, não preciso explicar mais nada.
Diariamente, tem uma programação de trilhas e cachoeiras, travessias dentro do parque, trilhas curtas, longas, pesadas, leves, ou seja, para todo tipo e perfil, um super ponto positivo do destino.
Ah, e uma das minhas grandes surpresas: inscrições rupestres que contam muito de nossa história. E, se por acaso a trilha não é de seu agrado ou está puxada para você, nosso operador local tem uma ótima flexibilidade e colocará outra programação dentro do que deseja, mas uma coisa é certa: você não ficará dentro da pousada sem fazer nada. O destino não é para descansar e sim para se conectar com a natureza, renovar a alma, voltar novinho para mais uns meses de trabalho.
Bom, é isso… Espero que tenha esclarecido um pouquinho sobre a minha viagem. Não vou prolongar mais, até porque fotos falam mais que palavras, não é?
Informações Úteis sobre a Viagem para Serra do Cipó
Quando ir?
Qualquer época do ano, não tem restrição, a diferença será época de cheia das cachoeiras e seca, mais quente ou mais friozinho (fresco).
Quantos dias ficar?
No mínimo cinco dias, pois tem muita coisa, mas o ideal mesmo são oito dias.
Pode mesclar outros destinos próximos e quais?
Sim, podemos colocar na ida ou na volta Inhotim, pelo menos mais uns 3 dias, e incentivar a volta do turismo local. Além disso, temos o Parque Estadual do Sumidouro, onde está a Gruta da Lapinha, entre BH e a Serra do Cipó, que podemos colocar como opcional também.
O que importa de verdade em sua bagagem?
Aqui eu selecionei algumas dicas especiais para nossos clientes, pois o básico sabemos, mas existem coisas que realmente fazem falta e poderíamos ter sido instruídos. Eu senti isso comigo e não quero os clientes da Adventure Club passem o mesmo.
– Mochila de ataque. Mochila pequena que caiba o protetor, água, toalha, uma muda de roupa seca (sempre) e mais o seu lanche;
– Recipiente ou bolsa de hidratação (mínimo 1,5L);
– Roupas leves para caminhada e dry fit. Dependerá do clima que for, mas a viagem é inteira “molhada”, então terminou a trilha até voltar para a pousada, troque a roupa colocando uma seca e guarde a molhada em um saco na sua mochila. Como as pousadas são simples e não tem muita área pra secar as roupas, sugiro sempre dry fit para que possa secar rápido, evite o algodão;
– Roupas de frio, aqui entra a segunda pele, o frio na Serra da Cipó é realmente frio;
– Roupas para banho, sempre claro, mas o que comentei acima, leve roupa seca para trocar depois;
– Toalha pequena para os passeios e de preferência as de secagem rápida;
– Anorak ou capa de chuva impermeável, sempre tenha com você, é um destino úmido;
– Tênis ou bota de caminhada confortável, amaciada e se possível impermeável, evite tênis de academia as trilhas são bem acidentadas;
– Sapato aquático, aqueles para entrar na cachoeira ou andar na água, evita cortar o pé ou se ferir com pedras;
– Chapéu ou boné, e se você for bem sensível ao sol, busque os que tem cobertura de orelhas e pescoço;
– Lanterna com pilhas novas, sinceramente não usei mas há trilhas longas que no inverno terminam no final do dia e neste caso é necessário;
– Protetor solar, sempreeeeeee!!!!!
– Repelente, passe pela manhã e final da tarde, quando mais atacam;
– Câmera fotográfica ou um bom celular, a paisagem é linda, mas lembre-se da água, leve a bolsa estanque para entrar com o celular nas cachoeiras;
– Medicamentos de uso pessoal;
E a última recomendação que eu dou é para tomar bastante vitamina C antes da viagem e manter uma alimentação adequada para manter a imunidade em equilíbrio, pois lá a água é fria apesar do sol bem quente.
Ah, e se quiser conferir alguns roteiros que temos no nosso site, é só clicar aqui. Mas lembre-se que podemos montar algo personalizado para sua experiência ser completa e, claro, estou sempre aqui para ajudar.
Até a próxima!
Eliane Leite, diretora da Adventure Club, viveu uma experiência incrível com a sua família na Serra do Cipó e veio dividir com a gente esse roteiro cheio de trilhas e cachoeiras.