A Península Valdés, local onde se inicia a Patagônia Argentina, é seguramente um dos lugares mais fantásticos do mundo para a observação de uma riquíssima vida animal e selvagem, cercada por paisagens deslumbrantes em uma região fria e cheia de encantos.
Conhecer a vida selvagem da Península Valdés em toda a sua plenitude implica em uma visita a um dos mais importantes museus de paleontologia da América do Sul, o Museu Paleontológico local, dado que a Patagônia também se destaca por ser uma das regiões mais ricas de todo o mundo em termos de fósseis pré-históricos.
Nas praias de Puerto Madryn, a cerca de 70 km da Península Valdés, devido ao encontro de duas correntes marítimas bastante distintas (uma quente, proveniente do Brasil, e outra fria, procedente das Malvinas), há a formação do plâncton essencial para o desenvolvimento da vida marinha selvagem.
Como resultado dessa condição específica da região, turistas de todas as partes do planeta conseguem se aproximar e visualizar de perto a vida selvagem em sua mais plena existência: leões-marinhos, pinguins, baleias, lobos-marinhos, dentre outros animais.
É também na Península Valdés, mais especificamente na reserva denominada Punta Tombo, que se encontra a maior colônia de Pinguins de Magalhães de todo o continente.
Já para a observação das baleias-franca, destaca-se Puerto Pirâmide, um dos principais locais do mundo para visualizar esses animais. O melhor período para a observação é de junho a dezembro, dado que essa é a época de reprodução e amamentação dos filhotes.
Vale destacar que a Península Valdés é cercada por gigantescas falésias, além de praias remotas. Especialmente em Punta Cantor, área protegida e preservada, animais como leões-marinhos, elefantes-marinhos e lobos-marinhos se reproduzem e constroem seus berçários.
Outro fenômeno específico e incrível da vida selvagem na Península Valdés ocorre entre os meses de setembro e abril, época em que as baleias orca se dirigem até a praia em busca de lobos-marinhos para alimentação.
Curiosamente, esse fenômeno acontece de uma maneira bastante peculiar, pois as orcas literalmente “surfam” até a praia para capturar suas presas, no que é conhecido como “encalhe intencional”.